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União Europeia vai doar € 20 mi ao Fundo Amazônia
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Foto: Divulgação -
O Brasil tem plano e compromisso de zerar o desmate ilegal até 2030
A União Europeia (UE) anunciou um investimento de 2 bilhões de euros (cerca de R$ 10,5 bilhões) para apoiar a produção de hidrogênio verde no Brasil, como parte dos esforços do bloco europeu em reduzir a dependência e o uso de combustíveis fósseis. Além disso, a UE fará uma doação inicial de 20 milhões de euros (cerca de R$ 105 milhões) ao Fundo Amazônia. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, fez o anúncio durante uma visita ao Palácio do Planalto, onde se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Von der Leyen destacou que a Europa está comprometida em investir na produção de hidrogênio verde no Brasil, visando promover a eficiência energética na indústria brasileira. Além disso, a UE deseja contribuir com 20 milhões de euros para o Fundo Amazônia, ressaltando a responsabilidade da Europa em combater o desmatamento na floresta amazônica. Ela mencionou ainda a existência de um projeto de 480 milhões de euros para combater o desmatamento e promover o uso sustentável da terra.
A doação da UE em nome da União Europeia já vinha sendo discutida há alguns meses, e a França também planeja contribuir individualmente para o Fundo Amazônia. Desde que Lula assumiu a Presidência, a UE se tornou o terceiro maior doador do fundo. No entanto, o valor da doação anunciada pela UE é o menor entre os doadores neste ano, com os Estados Unidos prometendo aporte de 500 milhões de dólares e o Reino Unido doando 80 milhões de libras esterlinas.
Até o momento, o Fundo Amazônia já arrecadou cerca de R$ 3,3 bilhões, com as maiores contribuições vindo da Noruega, Alemanha e Petrobras. Lula planeja utilizar a cúpula dos países do Tratado de Cooperação Amazônica para buscar mais recursos e convidar presidentes europeus, como os da França e da Irlanda.
Além do investimento no Brasil, a presidente da Comissão Europeia afirmou que a UE pretende investir 10 bilhões de euros na América Latina e no Caribe, como parte de uma resposta à crescente presença da China na região, principalmente em financiamentos de infraestrutura. Von der Leyen ressaltou o desejo da UE de fortalecer a parceria estratégica com a América Latina por meio de investimentos concretos, complementando o plano Global Gateway com recursos privados e dos 27 países membros da UE.
A comissária destacou que o presidente Lula trouxe o Brasil para um patamar de liderança democrática internacional, e afirmou que a Europa também está de volta, fortalecendo as relações com o Brasil e a América Latina, não apenas por serem parceiros naturais, mas por escolha mútua.
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